quinta-feira, 16 de junho de 2011

RELATÓRIO DA CAUSA POSTADA NO FACEBOOK


1)      Apresentação:

Durante o período compreendido entre os meses de abril e junho de 2011, os alunos da disciplina “Temas de História de Sergipe II” (DHI-UFS), ministrada pelo Professor Dr. Antônio Lindvaldo Sousa, foram orientados por este a realizarem uma tarefa alusiva a I Unidade, cujo propósito era utilizar as redes sociais da internet, no caso específico o Facebook, como recurso para denunciar irregularidades, descaso e/ou desvalorização para com bens sergipanos de natureza material, imaterial ou natural que possuem representatividade para a História do Estado e que no momento sofrem com o abandono ou má preservação.
2)      Objetivo:
·         Geral:
Utilizar como suporte um recurso cada vez mais difundido entre a sociedade para tornar pública uma problemática que fere a memória e a identidade sergipana.
·         Específico:
Trazer à tona do grande público a preocupante situação na qual se encontra o prédio e os documentos do Arquivo Público Estadual de Sergipe, pois é necessário que todos tenham conhecimento, e, sobremaneira possam refletir sobre a causa, visto que estamos nos referindo a um importante traço da memória coletiva do povo sergipano.

3)      Atividades Desenvolvidas:
-          Criação de uma conta no Facebook;
·         Criação e postagem de uma causa intitulada: “O Descaso com a manutenção do acervo do Arquivo Público Estadual de Sergipe”;
·         Divulgação na rede e entre os colegas;
·         Discussão da problemática em sala de aula;
·         Postagem da causa no blog
4)      Síntese
A causa que escolhi defender intitulada “O Descaso com a manutenção do acervo do Arquivo Público Estadual de Sergipe” alcançou 130 membros. O trabalho de divulgação no facebook e no blog surtiu efeitos. Entretanto, se por um lado repercutiu de modo positivo, pois proporcionou o debate com os colegas sobre a preservação patrimonial, seja envolvendo bens de cunho material, imaterial quanto natural, ainda que essas opiniões tenham se apresentado na maioria das vezes pessoalmente, por outro tivemos que enfrentar o descontentamento por parte de indivíduos ligados a instituição, sofrendo críticas severas como a afirmação de que esta não seria um trabalho destinado a estudantes, mas sim as autoridades competentes. Porém, cabe aqui uma pergunta: Se não somos nós quem denunciamos tal descaso quem mais poderia fazê-lo? As autoridades públicas as quais estamos cobrando uma atitude? Enfim, a única informação que temos são boatos de que o APES em parceria com o TRJ-SE estão digitalizando parte seu acervo, e que esta seria uma decisão tomada antes mesmo da postagem da nossa causa. De toda forma o importante é saber que medidas benéficas aquela instituição foram tomadas.


CONHEÇA ABAIXO COMO A CAUSA FOI EXPOSTA NO FACEBOOK:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: TEMAS EM HISTÓRIA DE SERGIPE II
PROFESSOR: ANTÔNIO LINDVALDO SOUSA
DISCENTE: MARLÍBIA RAQUEL DE OLIVEIRA
                 PABLO RENAN SILVA CAMPOS

CAUSA NO FACEBOOK

Este trabalho foi solicitado pelo professor Antônio Lindvaldo Sousa, docente da disciplina Temas de História de Sergipe II, o objetivo a princípio era dividir a turma em grupos no intuito destes criarem causas denunciando alguns monumentos e/ou quaisquer outras fontes históricas que tenham alguma representatividade para a História de Sergipe e que no momento estejam abandonados ou sendo mal preservados e ameacem a integridade do patrimônio histórico do estado, seja ele material, imaterial, natural ou até mesmo documental. A posteriori, posta-las numa rede social, no caso específico optamos por fazer uso do “Facebook e do Blog”.

 ABOUT: Descaso com a manutenção do acervo do Arquivo Público Estadual de Sergipe
O Arquivo Público Estadual de Sergipe (APES) foi criado no Governo de Maurício Graccho Cardoso, através da Lei nº 845 de 15/10/1923. Antes uma Lei de 16/11/1915 já havia autorizado a sua criação, porém, anexado a Biblioteca Pública. Em 1926 ele voltou à condição de seção da Biblioteca até ser novamente criado por meio do Decreto- Lei nº 617 de 03 de abril de 1945. Desde 1975 está instalado no Palácio Carvalho Neto localizado na Praça Fausto Cardoso, nº 348, centro de Aracaju, anteriormente fora instalado em locais como o prédio da Assembléia Legislativa e os porões do Centro de Turismo da capital.
O APES detém um rico acervo de documentos relativos ao governo, a legislação, a administração, a geografia, ao movimento artístico e literário, e a história em geral. Estes por sua vez congregam diferentes fundos, coleções, inclusive particulares, cartografia, iconografia, biblioteca, mapoteca e hemeroteca.
Apesar da importância desta instituição pública para os cidadãos sergipanos é notória nela algumas precariedades, a começar pela falta de infra-instrutora do prédio, constituído por uma arquitetura civil urbana de caráter institucional e edificado na primeira metade do século XX, acerca de um a dois meses parte do concreto do terceiro andar caiu não ocorrendo nada de grave na ocasião, porém fica o alerta. Convém lembrar que ironicamente tal prédio é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico de Sergipe, ou seja, supõe- se que “há um interesse do governo para com esse bem”.  Outro grave problema a ser frisado é referente aos catálogos ainda manuscritos e/ou datilografados, cheios de erros, dificultando o manuseio e compreensão por parte dos pesquisadores. Vale salientar que as deficiências não se restringem aos problemas mencionados, somando a estes, há também uma enorme quantidade de documentos danificados os quais os pesquisadores não podem ter acesso ou são obrigados a fazerem seus estudos juntando as partes do documento que muitas vezes se encontra aos pedaços ou desmanchando em suas mãos, notamos que esta situação tende a piorar, pois documentos como jornais, coleções, entre outros nunca foram digitalizados tanto no sentido de conservá-los, como para facilitar e democratizar essa variedade de informações para o público.
Já estava esquecendo esse detalhe importantíssimo pessoal, você pesquisador pode solicitar um documento, mas receber a informação de que ele não está na caixa ou na pacotilha. Surge então a pergunta: Onde será que se encontram estas obras...? Ficamos curiosos pra saber!
Sendo assim, a luz do esboço aqui explanado, fica nítida a necessidade de haver uma política e atitudes que visem principalmente à recuperação, à salvaguarda e acessibilidade desse acervo que guarda um significativo traço da nossa história.
 Se você já pesquisou lá e passou por alguma situação semelhante deixe seu relato e para os nunca que foram e desejam conferir dê uma passadinha e comprovem. O local fica aberto de segunda a sexta das 8:00 às 14:00 h.
Divulguem essa informação entre os colegas. Participe! E nos ajude a preservar nossa memória!
  • OBJETIVO: Trazer à tona do grande público a preocupante situação na qual se encontra o prédio e os documentos do Arquivo Público Estadual de Sergipe, pois é necessário que todos tenham conhecimento, e, sobremaneira possam refletir sobre a causa, visto que estamos nos referindo a um importante traço da memória coletiva do povo sergipano.
  •   POSIÇÕES: O QUE PODE SER FEITO
  •        Investir em publicidade e propaganda em torno do local por meio de panfletos, organização de eventos e divulgação na mídia à medida que possa aumentar o número de visitações e pesquisadores;
  •         Criar um site oficial da Instituição contendo ferramentas diversas para pesquisa;
  •       Disponibilizar recursos (públicos ou privados) para que o acervo do Arquivo seja digitalizado e melhor conservado.
  •     Incentivar os colegas a também criarem causas apontando outros centros de pesquisa no Brasil e/ou mundo que esteja em situação semelhante, assim experiências e idéias poderão ser compartilhadas 
  •  
  •  Acesse o link: http://www.causes.com/causes/601290-descaso-com-a-manuten-o-do-acervo-do-arquivo-p-blico-estadual-de-sergipe?recruiter_id=174137449

quarta-feira, 11 de maio de 2011

“OS MOCAMBOS, REBELIÕES E FUGAS...”

Resumo do Texto : “ Fios do Inesperado e da Resistência...”: negros, índios, mestiços e mulheres em Sergipe no século XIX. Pág: 98-101.

Ao estudar Sergipe durante o período da escravidão negra no Brasil, percebemos que a então capitania não diferia muito das demais na mesma época no referente ao descontentamento dos negros e suas manifestações de resistência.
Autores sergipanos como a historiadora Maria Thetis Nunes coloca que já no século XVII era registrada pelas autoridades locais a presença de quilombos (mocambos) formados por negros foragidos de fazendas da região. Estes negros se escondiam em locais estratégicos, próximos a estradas que interligam as Vilas e os Engenhos, agiam em pequenos grupos roubando gado, destruindo propriedades, e saqueando cargas.
No século XIX, as rebeliões foram favorecidas principalmente  após o ato de D. João VI em 8 de julho de 1820 garantindo a independência da capitania de Sergipe em relação a Bahia, pois esse foi um momento de grande instabilidade política. Posteriormente, no chamado Vale do Cotinguiba, centro produtor de cana-de-açúcar, regiões detentoras de muita mão-de-obra escrava, tais como Laranjeiras, Santo Amaro, Maruim, dentre outras, sofreram com o crescente número de fugas de escravos, apesar das providências tomadas pelas autoridades públicas e senhores de engenhos. Uma das formas de inibir essas revoltas e conseguir resgatar os foragidos foi a divulgação na imprensa local de características físicas dos negros e a oferta de dinheiro pela captura destes.
Desse modo, notamos que não houve uma passividade por parte dos negros existentes no território, suas lutas por liberdade sem dúvida causaram muito alvoroço numa população acostumada ao sistema escravocrata e ficaram registradas em documentos de época, assim como na memória de muitas pessoas.


terça-feira, 5 de abril de 2011

Sergipe: Bandeira, Brasão e Hino

Fonte: http://images.uncyc.org/pt/thumb/b/be/Bandeira_de_Sergipe.svg/800px-Bandeira_de_Sergipe.svg.png
Data: 01/04/2011 Hora: 16:10


 
Fonte:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/sergipe/imagens/brasao-sergipe-001-g.jpg
Data: 01/04/2011 Hora: 16:32




Hino do estado de Sergipe


 Hino do estado de Sergipe
Letra por Manoel Joaquim de O. Campos
Melodia por Frei José de Santa Cecília



Alegrai-vos, Sergipanos,
Eis que surge a mais bela aurora
Do áureo jucundo dia
Que a Sergipe honra e decora

O dia brilhante,
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar

A bem de seus filhos todos,
Quis o Brasil se lembrar
Do seu imenso terreno
Em províncias separar.

Isto se fez, mas contudo
Tão cômodo não ficou,
Como por más consequências
Depois se verificou.

Cansado da dependência
Com a província maior,
Sergipe ardente procura
Um bem mais consolador.

Alça a voz que o trono sobe,
Que ao Soberano excitou;
E, curvo o trono a seus votos,
Independente ficou.

Eis, patrícios sergipanos,
Nossa dita singular,
Com doces e alegres cantos
Nós devemos festejar.

Mandemos porém ao longe
Essa espécie de rancor;
Que ainda hoje alguém conserva
Aos da província maior.

A união mais constante
Nos deverá consagrar,
Sustentando a liberdade
De que queremos gozar.

Se vier danosa intriga,
Nossos lares habitar,
Desfeitos aos nossos gostos
Tudo em flor há de murchar.

Data: 01/04/2011 Hora: 16:52